Simmmm, finalmente o blog está de volta e com layout novinho em folha, logotipo novo, tudo novo, pra comemorar uma nova fase do blog, afinal, blogs também podem amadurecer, não é mesmo?
Vou continuar postando muitos vídeos com dicas, penteados, produtinhos e muito mais, também alguns textos informativos, conteúdo para o público masculino (acreditem, o post mais lido neste blog é sobre cortes de cabelo masculino, isso mesmo!) e muito mais!
Pra marcar este dia super especial, nada mais justo que um post a altura e com um tipo de reflexão muito importante e realmente necessária.
Espero que gostem desta nova fase, tudo foi feito com muito carinho pensando em vocês!
Autoestima X Vaidade - por Maíra Fischer
Embora muito se confunda vaidade
com autoestima, essas duas coisas são tão diferentes que, muitas vezes, beiram
a oposição. Enquanto vaidade é o desejo incondicional de admiração e aprovação
alheias, a autoestima, em outra via, vem do autoconhecimento e autoaceitação.
Enquanto a vaidade – em um processo “de fora para dentro” – leva as pessoas a
se adequarem para ganhar aprovação de outras pessoas, a autoestima – em um
processo “de dentro para fora” – trata da autoadequação, mesmo que isso
implique na desaprovação alheia. Quem nunca viu uma pessoa feliz da vida em uma
roupa que muitos considerariam cafona, e sem se importar com isso?
Infelizmente o que mais vemos por
aí são pessoas que, iludidas pela sensação de bem-estar imediato (e extremamente
volátil) que a vaidade proporciona, se sujeitam a muitas cirurgias
desnecessárias que beiram a automutilação, se vestem em desacordo com o próprio
gosto (que sequer conhecem), tentam incessantemente se transformar naquilo que
acreditam que será motivo de admiração: uma outra pessoa que não ela mesma. E é
muito difícil manter o papel por muito tempo sem sofrimento profundo e sensação
de vazio, inadequação e despertencimento. Por isso é tão comum vermos pessoas
que, mesmo depois de tanto tempo e dinheiro investidos na construção da
aparência, continuam com vazios existenciais enormes e, na maior parte das
vezes, não sabem por quê.
Mas nosso assunto aqui é
autoestima. Ao contrário do que o senso comum dita – e diferentemente da
vaidade – a fonte da autoestima não são exatamente os elogios alheios (mesmo
porque todos sabemos o quanto é difícil acreditar em elogios, não é?), mas um
processo de autoconhecimento e autoadequação – afinal, como estimar o que não
se conhece, ou se conhece superficialmente? A autoestima é algo em constante
construção pessoal e intransferível, por meio de, entre outras coisas, ciclos
de tentativas, superações e satisfações pessoais. Em outras palavras: é
explorando todas as nossas vertentes que nós vamos nos conhecendo, descobrindo
nossos pontos fortes – o que torna mais fácil que aceitemos nossos pontos não
tão fortes –, nossas ferramentas, nossas possibilidades.
Não é segredo para ninguém que a
grande maioria de nós aprende a se cuidar, quando pequena, com nossas mães. Mas
o resultado desse aprendizado vai muito além da higiene pessoal: ela ajuda a
definir a forma como a gente se vê e lida com a gente mesmo. Pode reparar:
provavelmente a forma como você se cuida e se vê hoje é, em grande medida,
parecida com a forma como sua mãe cuidava de você (ou, melhor: como você
acredita que sua mãe cuidava de você). Porque, muito mais do que higiene
pessoal, as mães ensinam aos filhos sobre autoimagem e autocuidado. A mãe é,
segundo Lacan, o primeiro “espelho simbólico” da criança. Para o bem e para o
mau: crianças que tiveram cobranças muito incisivas de suas mães podem crescer
com tantos problemas de autoaceitação quando crianças que não se sentiram bem
cuidadas. E ambas podem crescer com o conceito distorcido de autoestima, trocando-a
por vaidade.
Todos nós, em alguma instância,
crescemos com alguns buracos nesse registro do que autocuidado significa – e
isso, como podemos ver, interfere diretamente na autoestima. E precisamos
reconstruir ao longo da vida. Costumo dizer que uma maneira fácil de exercitar o
autocuidado é naquilo que não envolve a aprovação alheia – pelo menos primariamente.
Uma bela roupa pode arrancar muitos elogios, mas não necessariamente tem a ver
com um cuidado com quem a veste. Por outro lado, massagear os pés com um creme
cheiroso à noite, por exemplo, pode não arrancar aplausos de uma plateia, mas
registra dentro do inconsciente “Eu não só mereço como SOU cuidado por alguém –
e o alguém com quem mais precisarei contar ao longo da vida: eu mesmo”. Por
mais maluco que pareça, dentro do nosso inconsciente a sensação de amparo e
cuidado é retroalimentável: quanto mais eu me cuido, mais forte fica o registro
interno de que eu sou cuidado (independentemente de por quem), a sensação de
amparo e aceitação aumenta e, dessa forma, a autoestima vai se estruturando aos
poucos. Para o nosso inconsciente, muitas vezes não há uma separação exata do
que é a gente, o que é o outro: muitas vezes o que pressupomos do outro –
julgamentos, afetos negativos – são, na verdade, nossos. Podemos usar esse
mecanismo a nosso favor quando nos cuidamos e nos amamos: nosso inconsciente,
em alguma instância, passa a atribuir esse amor ao outro e, dessa forma, nos
sentimos amados e cuidados.
Se a autoestima vem de
autocuidado e autoconhecimento, esse ciclo deve ser exercitado o tempo todo.
Mesmo se você não estiver no ranking das pessoas que mais se conhecem, o
próprio jogo de descobertas pode ser divertidíssimo – são tantas alternativas
no mundo! Dar-se o prazer de sentir novos cheiros, testar novas sensações,
cuidar dos cabelos, da pele, tocar-se, descobrir a própria beleza, todo esse
movimento de si para si mesmo é o que constitui a autoestima. Teste, brinque,
explore de coração aberto as suas possibilidades. Esse é o processo “de dentro
pra fora”: dar-se a chance de se descobrir, se cuidar, se surpreender. Os
elogios? São brindes.
Maíra Fischer é Psicanalista, Gateira, minha amiga e uma das melhores pessoas que já conheci nesta vida :D
Obrigada por visitar o blog!
Bjokas :*
Lori Dias.
Owwwn, muito amor pelas tesourinhas no fundo <3
ResponderExcluirTá lindo o novo layout! Espero que a nova fase do blog te traga muitas oportunidades e diversão, porque sei que você tem esse espaço pra falar de algo que ama e entende tão bem! E eu fico muito feliz por te ver feliz e realizada :) #VoltaComTudoCabelando
Ótimo tema de reestreia, é muito importante termos esse minutinhos diários pra gente. Tô redescobrindo isso agora. Bem-estar e sorriso são o que mais chamam atenção nas pessoas, além de serem segredos de saúde, longevidade e beleza ;)
Senti saudades do bloguito e ainda sinto suas. Tenho que rever isso aí, porque a sumida sou eu!
Beijo, Lorita!
Obrigada Lauritaaa :D adorei sua visita e os elogios!!
ExcluirBom, agora vou ter que criar uma hashtag nova: #VoltaProSkypeLaura HAHAHAH Te adoroooo saudades demais! Bjokas :*
Adorei!
ResponderExcluirObrigada e volte sempre! :D
Excluir"... afinal, como estimar o que não se conhece, ou se conhece superficialmente?"....
ResponderExcluirExatamente!!!! As vezes leva tempo, a gente tropeça, cai, levanta, cai de novo... rsrs... o importante é não desistir ou se acomodar em algo que não faz a gente feliz, né? ;- )
Beijos, Loreee!! =D
Oi Lu! É sim, totalmente verdade, mas a vida é feito disso né cair e levantar e ser melhor que ontem :D
ExcluirObrigada pela visita! Fique bem te adoro, bjokas :*
Amei a matéria! O blog ta lindo! Parabéns! Bjs
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